Porque devemos nos inspirar na cozinha grega.
A cozinha grega é uma cozinha mediterrânea, cujo nome se refere a hábitos alimentares dos povos das regiões banhadas pelo mar Mediterrâneo, que são os países do sul da Europa, norte da África e Oriente Médio. Os principais alimentos dessas regiões são gorduras de alta qualidade como o azeite de oliva e castanhas, frutas, vegetais, ervas, peixe, pão e grãos integrais, queijo,e vinho tinto (pelo alto conteúdo de anti-oxidantes e baixo teor alcoólico) . Mas como o Mediterrâneo não abrange apenas um continente, existem muitas dietas mediterrâneas. que incluem alimentos muitas vezes específicos de seu país, como o carneiro, cabra, aves domésticas, coelho e porco. Também importantes são a beringela, abobrinha e iogurte.
A dieta mediterrânea é considerada no meio científico como uma das mais saudáveis do mundo. Isto tem razões baseadas em estudos científicos que se iniciaram desde a década de 60. Um dos mais importantes estudos foi uma análise multivariada com pessoas de sete países diferentes para avaliar o risco de doença cardíaca e morte precoce. Este importante estudo mostrou que pessoas da ilha de Creta, na Grécia, tinham a mais baixa taxa de doença cardíaca comparada com pessoas de outros países, e esta proteção do coração era devida à sua dieta (Keys et al. em 1980. Seven countries : a multivariate analysis of death and coronary heart disease. Harvard University Press).
Em muitos outros estudos observou-se que as pessoas apresentavam igualmente incidência muito baixa de doenças cardiovasculares, hipertensão e obesidade, além de peso sob controle, o que levou muitos pesquisadores a investigar os efeitos dessa dieta também no emagrecimento. Estudos mais recentes concluíram que a dieta do Mediterrâneo é a mais indicada para quem deseja emagrecer a longo prazo — e manter o novo peso — em comparação com uma alimentação que restrinja gordura ou carboidratos.
Foto: Restaurante na Ilha grega Hydra, setembro 2014.