Em Busca de Sentido

temp287d
Hoje peguei o livro na estante “Em busca de Sentido” do médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl, nascido em Viena, em 1905. O livro trás à tona o existencialismo, descrito por meio da própria existência do autor, terrivelmente sofrida. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino. O existencialista muitas vezes passa por uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.
Frankl viu sua vida ser destituída de significado quando foi preso em 1942, nos campos de concentração na era nazista da Segunda Guerra Mundial. Foi levado para Auschwitz juntamente com seus pais e sua esposa que estava grávida, mas ela foi forçada pelos nazistas a abortar antes de serem transportados. Os pais morreram de exaustão, a esposa foi para a câmara de gás, e ele sobreviveu naquele ambiente passando fome, humilhação, degradação da saúde, medo e profunda raiva das injustiças.
Mas ele percebe que apesar de todo o sofrimento, há algo intocável e inalcançável pelo ambiente e pelos outros: as profundezas de seu eu. Lá é possível encontrar um significado na existência, apesar da dor. É possível sonhar, ter esperança, visualizar seu destino positivamente,ter humor, e mesmo externalizar essas belezas da alma, como fez, como apreciar a beleza das árvores e do por do sol, criar teatros improvisados no campo de concentração com seu grupo, e roubar papéis do escritório dos nazistas para escrever poemas, escrever seu livro e seu método psicoterapêutico, (a logoterapia, cuja palavra logo em grego significa sentido).
Frankl e todas as pessoas que tem um desejo ardente de viver, apesar de seu sofrimento e todas as suas indignidades, são as que possuem a maior capacidade de sobrevivência e felicidade, pois são mestres dos seus atos e dos seus destinos, e possuem um sentido que justifiquem suas vidas.

Deixe um comentário