Acender uma vela tem vários significados, como agradecer a Deus ou a algum santo, oferecendo a eles uma luz que simboliza a fé e a gratidão. Significa também lembrar-se de um ser amado que se foi, e de sua fé, ou de sua “luz”, que irradiava com as boas obras que fez em vida.
No evangelho de São Mateus, há um versículo que diz: “Quando acendemos uma vela, colocamo-la, não debaixo da mesa, mas sobre o castiçal, para que ela ilumine a todos que estão em casa. Assim também deve brilhar vossa luz diante dos homens”.
O “brilho” que emana do ser humano é comparado a uma vela acesa. Aquele que vive uma vida com significado e que dá significado à vida do outro, brilha como a luz. Aquele que evita o mal e procura praticar o bem por amor e retidão, esse ilumina os outros. Quem não se esforça por fazer algo bom ou evitar o mal, vive na escuridão e espalha escuridão.
Foi tocante observar as lembranças e declarações de amor dos filhos no dia dos pais há poucos dias. Filhos sabem como ninguém mais o que é amar e ser amado por certas criaturas na Terra: os nossos pais. Pai e mãe são os exemplos mais absolutamente fortes do “brilho” que emanam de si para com a vida e para com seus filhos. Nossos pais são a luz sobre os castiçais de nossa casa e nossa vida. Com eles aprendemos o que é ensinado apenas com oferta e com exemplo: o amor e o desejo de seguir uma vida com brilho, como a deles.
Papai e mamãe, essas são duas velinhas que nesse momento ofereci a cada um de vocês, um brilho de luz que, na minha imaginação viajou muito, muito longe para chegar até vocês, e que, de onde estiverem, vocês concluam: ela está nos devolvendo uma pequena chama do amor que durante toda a nossa vida demos a ela.
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Local: Catedral de Notre Dame, Paris