Um rio pode ser plácido como a serenidade humana, ou agitado, como um homem em aflição. Homem e Natureza nunca são estáticos ou imutáveis, porque precisam ajustar seu curso de vida no tempo e no espaço de acordo com o que encontram no caminho.
Assim como a correnteza de um rio é um trecho em que as correntes de água correm mais rapidamente formando ondulações para lidar com um terreno acidentado, as emoções no Homem são também rápidas correntes – correntes eletroquímicas formando ondulações que correm no cérebro buscando a melhor maneira de sentir uma determinada ação ou situação no ambiente É desta forma que sentimos a ‘magia’ da alegria ou da tristeza quando sorrimos ou choramos, que sentimos o prazer indizível do encantamento quando nos deparamos com o belo ou com o terno, ou que sentimos a energia vibrante quando brincamos ou brigamos. Sentimos e agimos assim quando o momento nos pede para ser assim. Mas logo após voltamos à nossa arquitetura neural e comportamental “plácida”, porém, com uma diferença: não somos mais os mesmos que éramos antes de vivenciarmos e sentirmos aquelas experiências. As situações emocionais positivas ou negativas nos torna humanos mais experientes, mais sensíveis e mais inteligentes. As emoções permeiam as nossas memórias e nos motivam a repetir o que foi bom e nos alertam para evitar o que foi ruim. As emoções também tranquilizam e ponderam a razão e nos aconselham a nos desviar de terrenos acidentados e seguir por caminhos retos.
O filósofo grego Hieráclito disse: “O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo rio, nem o homem é o mesmo homem”. Um rio nunca é o mesmo, porque ele segue em direção ao seu curso predestinado. O Homem também segue em direção a um destino, mas ele tem uma grande diferença em relação ao rio: suas emoções, inteligência e experiências o capacita a decidir se ele quer aceitar um caminho predestinado ou se quer escolher seu próprio destino.
6 thoughts on “Um rio nunca é o mesmo. Nem o Homem.”
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Um rio jamais será o mesmo. O homem com o passar do tempo, vai adquirindo mais experiência e sabe dicenir o certo é o errado, ele tem dois caminhos a seguir. Cabe a ele sabendo de todas as consequências a escolha.
Exceção feita ao rio da Lua
Moon River
Moon river, wider than a mile
I’m crossin’ you in style some day
Oh, dream maker, you heartbreaker
Wherever you’re goin’, I’m goin’ your way
Two drifters, off to see the world
There’s such a lot of world to see
We’re after the same rainbow’s end
Waitin’ ‘round the bend
My huckleberry friend
Moon River, and me
Excelente lembrança! Obrigada. Estou aqui cantando a música e ela não sai da cabeça… rsrs
Os rios tem a riqueza de mudarem com o tempo, deixando saudades irremediáveis, e o encanto de musicar a vida com seu ritmo e sonoridade. O rio da vida corre em direção a eternidade em ritmo cadenciado, tentamos em vão reter seu passo, nomear seus dias, situá-lo em um tempo, mas ele pertence mesmo ao continuum…. do Universo e assim todos nós.
UAU! Que belas palavras!! Você é escritor?
Gosto das palavras…e da possibilidade que nos dá de registrar nossos sentimentos comuns e imagens…passear por elas e levar os outros a refletir é a sua arte…