No sereno da madrugada, a umidade do ar se precipita por condensação em pequenas gotas, que caem e se acomodam sobre a superfície dos vegetais. É o orvalho, “lágrimas” que a noite fria e escura derrama sobre as plantas e flores. Nas rosas, as gotas repousam delicadamente sobre sua superfície aveludada. Humanos derramam lágrimas de dentro para fora de si. As rosas, de fora para dentro. Rosas abrigam lágrimas carregadas de vapor. Humanos abrigam lágrimas carregadas de emoção. As lágrimas das rosas não comunicam prazer ou dor. As lágrimas dos humanos expressam a alegria interior ou pedem socorro para o alívio da dor.
Quisera eu ser uma rosa, para não derramar lágrimas de agonia e dor.
Quisera a rosa ser eu, para derramar lágrimas de alegria e amor.
Quisera eu ser uma rosa, para não derramar lágrimas de agonia e dor.
Quisera a rosa ser eu, para derramar lágrimas de alegria e amor.