Na personagem da foto, não há maquiagem na face, nem cabelos arrumados, nem roupas extravagantes, nem acessórios de beleza. Ela apresenta-se de forma simples. Se fosse simplista, ela teria desconsiderado alguns elementos que complementam ou dão harmonia e coerência às partes e ao todo, então sua pele estaria descuidada, seus cabelos maltratados, suas roupas desleixadas, sujas ou rasgadas.
Simplicidade é a ausência de artifícios, extravagâncias e excessos, não só de ordem material, como no exemplo da expressão física de uma pessoa, mas também de ordem social e psicológica, como por ex., a forma de falar, de escrever, de analisar ou resolver uma situação.
Já o Simplismo é uma tendência à simplificação, ignorando ou desprezando elementos necessários para completar um todo, para resolver um problema, analisar e enxergar uma situação, enfim, lidar adequadamente com a complexidade das coisas por meio de análises e julgamentos irrealisticamente simples.
Simplicidade não é o oposto de complexo; é o oposto de complicado. É importante distinguir mensagens simples que capturam a essência de uma situação daquelas que são apenas simplistas. Einstein dizia que tudo deve ser o mais simples possível, mas não simplificado. O Simplista deixa de lado aspectos fundamentais para pensar, agir ou atingir objetivos. Mas quem enfatiza o SIMPLES tem a capacidade de filtrar aquilo que realmente importa daquilo que não acrescenta valor. A energia é concentrada naquilo que é necessário. Por ex., uma simples solução para um problema é uma boa solução.
A simplicidade é o refúgio de um espírito complexo. É preciso coerência, consciência, inteligência, maturidade, conhecimento, experiência e sofisticação para se atingir a simplicidade. Em um mundo inquieto, apressado, com tantas coisas ainda a serem descobertas, realizadas ou mostradas, precisamos aprender a lapidar os excessos desnecessários das coisas – mas não os essenciais! – para enxergamos melhor o que de mais importante, belo e significativo podemos transmitir e adquirir da vida.