Por que Somos o que Somos
Acho que o conceito de etnia e herança cultural deveria ser ensinado nas escolas desde muito cedo. Ainda hoje persiste o racismo, baseado no termo “raça”, que nem existe mais em nenhuma classificação antropológica. O racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.
As etnias incluem não só a cor e outras características físicas e biológicas da pessoa, mas também a cultura, a nacionalidade, a religião, a língua e as tradições. Mas mesmo as etnias já estão se extinguido, devido á grande miscigenação. Para falar sobre isso, é preciso incluir obrigatoriamente os conhecimentos sobre evolução, seleção natural, migração, clima, geografia, etc e não o creacionismo e outros conceitos religiosos de como surgiu o Homem, como querem milhares de pais e escolas em várias partes de todo o mundo ocidental.
A exemplo dos índios, eles têm sua origem nos mongóis. Os mongóis surgiram em uma área gelada no norte da Ásia no final da última era glacial e migraram para outras regiões da Ásia, como a Mongólia, na Ásia Oriental e Central, dando origem aos japoneses, coreanos, etc. Os mongóis migraram também para o Sudeste Asiático, originando os vietnamitas, indonésios, malaios, etc . Daí a semelhança entre eles, como o olho puxadinho. O olho puxadinho para o canto, com aquela característica prega ou dobra da pele da pálpebra superior, chama-se prega ou dobra epicântica (do grego epi=ao lado de, e Kanthos= ângulo do olho). Essa dobra surgiu devido à necessidade de proteger os olhos para reduzir a luminosidade refletida pela neve. Outra importante função dessa dobrinha epicântica é que ela possui mais gordura e isso permite isolar os olhos, conservando mais calor para o resto do corpo.
Essa etnia oriunda dos mongóis em geral também não têm barba e nem pelos pelos corpo, mas cabelos lisos, negros e abundantes. A explicação para isso é que a ação dos genes que definem a pelagem desses povos, é um pouco diferente da nossa. Esses genes que induzem a produção de pelos neles é menor no corpo e maior no couro cabeludo. O resultado é um corpo com menos pelo e menor tendência à calvície.
Se entendermos a origem de nossa espécie como ela verdadeiramente é, e não como muitos acreditam ser, passaremos a ver todo e qualquer ser humano como uma espécie admirável e superior que precisou desenvolver certos costumes e certas características genéticas e físicas para sobreviver e se adaptar ao ambiente em que viveu, e que essas características foram passadas de geração em geração estampando em nosso corpo, genes e cultura o que somos hoje.