Olhos de seres humanos são tipo câmera, todos os fotorreceptores compartilham uma única lente que foca a luz e estão dispostos como uma lâmina dentro do olho (a retina) que reveste a superfície interna da parede ocular. Mas algumas espécies menores, como as moscas, têm olhos compostos, inteiramente externos e fixos, ou seja, não se movimentam como os olhos humanos. Nesse tipo de olho, uma série de unidades idênticas de geração de imagens – cada uma constitui uma lente ou um refletor – irradia luz para alguns elementos sensíveis a ela, denominados fotorreceptores. Os olhos compostos são muito eficazes para animais de pequeno porte, pois oferecem um amplo ângulo de visão.
Por isso as moscas têm reflexos tão ágeis. Seus olhos são formados por cerca de 4 000 pequenas lentes. Eles conferem à mosca uma visão de praticamente 360 graus. Além disso, insetos em geral possuem uma grande quantidade de estruturas sensoriais espalhadas por todo o corpo. Esses sensores permitem à mosca sentir mudanças mínimas no ambiente, sejam elas químicas, de hidratação, de temperatura ou de pressão. É assim que ela identifica qualquer deslocamento de ar ao redor do seu corpo.
Observar essas estruturas e funções fascinantes em uma mosca demonstra como nem mesmo uma simples mosca é tão simples assim.
Local: Museu de Ciências, Universidade de Coimbra, Portugal.