Esse ambiente magnífico construído nos dias de hoje (The Venetian Resort, Las Vegas), exigiu enorme rigor da ciência, da arte, da arquitetura, da história. Ele resgata a expressão do pensamento racional e artístico do antigo império greco-romano há mais de 2500 anos, que perdurou por aproximadamente dez séculos, e após isso fora invadido e destruído pelos bárbaros, os quais tinham conhecimento bastante primitivo sobre as artes e os outros saberes. Neste período da história (Idade Média, séc V a XV), portanto, quase todo aquele esplendor da Grécia e Roma antiga havia desaparecido. A humanidade viveu então o obscurantismo, o fundamentalismo religioso, a feiura, a inquisição, a fome, a sujeira, as doenças, o desconhecimento da ciência e da arte clássica. Porém, entre os séculos XIV e XVII, personalidades idealistas decidiram retomar as belezas e riquezas culturais do império greco-romano, aproveitando o que sobrou da literatura, as técnicas das pinturas, o resto das esculturas, os escritos das ciências. Houve então o nascimento de um novo período: o Renascimento. Começava a renascer tudo aquilo que era belo e importante para uma sociedade bonita e bem desenvolvida. Hoje, somos os usuários atuais das boas obras criadas na antiguidade e resgatadas no Renascimento, desfrutando do bem que elas nos proporcionam, embora ainda sejamos ameaçados com o radicalismo, a ignorância ou o primitivismo político, religioso, artístico, social e econômico. Essa experiência da história nos ensina que precisamos nos esforçar para manter viva a chama de tudo aquilo que fertiliza o espírito e a sociedade. Neste momento, a tocha está em nossas mãos. Como mantê-la acesa para passar para as próximas gerações?