Um restaurante que mais parece um palácio, em uma…estação de trem!!

005fLe Train Bleu é um dos mais belos restaurantes da Europa, e está localizado em Paris, na famosa estação conhecida como Gare de Lyon.
Como é que um restaurante tão suntuoso poderia estar em uma estação de trem?
Para entender, transporte-se para a Paris do final de 1800 até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. Este foi um período com forte expressão intelectual e artística, a era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. Novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência: os cabarés, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. Foi uma época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.
Essa época incentivou também o desenvolvimento dos meios de transporte, que aproximou ainda mais as principais cidades do planeta. Em 1886 começou a operar o Le Train Bleu, um luxuoso trem expresso noturno (assim chamado por ter as alas dos vagões de dormir de cor azul), que ganhou fama internacional por ser o preferido de aristocratas europeus; alguns deles faziam a linha para a Riviera francesa para passar as férias.
Sendo assim, construir um restaurante grandioso numa estação de trem não era assim tão fora de propósito.

 

Coluna: Café comCiência As boas – e as más – memórias de um café

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Sabemos como o café da manhã ou um simples cafezinho dão a sensação de prazer e bem estar para a maioria das pessoas.
Isso ocorre não somente pelo sabor desta bebida e dos alimentos relacionados. O café está associado aos bons momentos, especialmente os sociais, então ativa nossas memórias positivas, consciente ou inconscientemente. Ativa também um sistema cerebral chamado sistema de recompensa, que nos dá a sensação de prazer e bem estar. Para muitos, o simples aroma do café é o suficiente para causar ânimo, alegria e disposição. Para mim, o café me lembra os maravilhosos ou aconchegantes restaurantes de hotéis ou cafeterias em que estive pelo mundo, mas principalmente, me lembra os cafés das manhãs na roça, com minha família.
Assim como as experiências positivas passadas nos causam prazer e bem estar quando revivemos um momento similar a elas, as experiências negativas causam estresse, ansiedade, tristeza ou mesmo aversão. Provavelmente, alguém que tenha experimentado uma situação negativa ao tomar café, por ex., que tenha tomado café no velório de um parente querido, ou que um chefe ou colega tenham lhe agredido, poderá fazer essa pessoa ter aversão ao pobre do café que não tem nada a ver com isso… E aversão também por aquela pessoa, que provavelmente é uma boa pessoa, apenas foi mail educada ou intolerante naquele momento. Na verdade, foi a “situação” que envolvia o café, que foi representada negativamente no cérebro do indivíduo. Desta forma, alimentos, pessoas, cães, locais de acidentes, ou qualquer outro objeto que tenha estado presente em alguma experiência negativa, passará a ser encarado de forma negativa pelo sujeito. Em casos mais graves essas pessoas chegam a modificar o seu comportamento, comprometendo a vida social, afetiva e cognitiva. O comportamento se modificou porque a sua estrutural cerebral modificou. Nestes casos, é extremamente importante que a pessoa reconheça que existe um problema consigo mesma. Infelizmente, a maioria continua culpando o colega, a barata, o cão, etc., e não admite que o problema está dentro dela mesma… E continua sentindo medo, ansiedade, tristeza, mágoa, raiva. E esses sentimentos e emoções não são nada nada bons para o indivíduo, para a sua saúde e para o seu desempenho no cotidiano. Para isso, existem alguns tratamentos psicológicos muito efetivos, especialmente a Terapia Cognitiva Comportamental, que ajuda bastante a ressignificar as más experiências. Para os que têm dificuldade de encontrar bons profissionais nessa área em sua cidade, e forem auto didatas, podem começar a estudar essa terapia em livros e sites, e procurar aplicar aqueles conhecimentos em seu problema.
Uma estratégia do tratamento é procurar se reaproximar do estímulo aversivo e criar novas situações com ele.
Vale a pena tomarmos a iniciativa de rearranjar nosso cérebro e devolver-lhe ao seu delicado equilíbrio. Assim, um cafezinho ou um colega serão apenas um cafezinho ou um colega, em toda a sua essência, a espera de criar novas – e positivas – circunstâncias.

Livro: A Mente Vencendo o Humor

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Do título original: Mind Over Humor (A Razão Dominando a Emoção).
Autores: Dennis Greenberger e Christine A. Padesky

Este é um manual que mostra como a Terapia Cognitiva – uma forma de psicoterapia – pode melhorar a vida da pessoa. Mudando a forma como você se sente, você é capaz de mudar a forma como pensa, Folhas de exercícios tipo ‘passo a passo’ buscam ensinar habilidades específicas a fim de ajudar pessoas a vencer problemas de relacionamento, raiva, culpa, vergonha, baixa auto-estima, bem como os distúrbios mentais como a depressão, ataques de pânico, ansiedade, transtornos alimentares, abuso de substâncias e outros.

O cérebro humano se molda de acordo com os sentimentos de cada um sobre as situações da vida. Situações que podem ser inatingíveis e insignificantes para uns, por exemplo, ter medo de barata ou ser humilhado por alguém, podem ser extremamente perturbadoras para outros. Então, dependendo dos sentimentos, a pessoa terá uma configuração de seus pensamentos e expressará isso em seus comportamentos e atitudes. É claro que é muito melhor ter sentimentos positivos pelas coisas. Felizmente, a estrutura cerebral humana é flexível, sendo capaz de remodelar positivamente aquela circuitaria negativa que foi formada sobre determinada situação. Para tanto, é necessário aprender a mudar os sentimentos para poder dar um novo significado àquela configuração neural. Por isso, depende de cada um decidir como quer se sentir e se comportar diante das pessoas e das situações da vida, mesmo nas (subjetivamente) mais delicadas. Do título original: Mind Over Humor (A Razão Dominando a Emoção).

Local: Livraria do Museu D’Orsay, Paris.

Laboratórios de Ciências para Crianças e Jovens

É muito gratificante visitar laboratórios de ciências para crianças e jovens. Os meninos ficam empolgados, interessados, engajados, curiosos, com a atenção e percepção muito aguçada, sentem prazer e alegria em aprender. Este modelo de ensino precisa estar bem coordenado com a teoria, para que eles tenham condições de realizar tarefas e compreender o que estão fazendo. Uma comparação entre o ensino teórico e o prático, é que, a teoria envolve o conhecimento declarado (falado, explicado), e a prática envolve o conhecimento de realizar procedimentos, ou seja, o primeiro ensina “O que é” alguma coisa, e o segundo ensina “Como fazer” alguma coisa. Um aspecto particularmente interessante disso, é que temos regiões no cérebro diferentes para armazenar cada um desses dois tipos de conhecimentos. E essas memórias têm justamente esses nomes: “memória declarativa” e “memória procedural”. Por exemplo, aprendemos na teoria o que é uma bicicleta, do que ela é composta e para que ela serve, e aprendemos na prática como dirigir uma bicicleta, sem nem precisar mais evocar a memória declarativa da teoria após adquirir a prática. Em outras palavras, aquele conhecimento ficou implícito nos sistemas cognitivos e motores do “como fazer” e não mais de “o que” lembrar. Portanto, a teoria e sua experimentação deveriam ser inseparáveis nas escolas e na vida, pois só assim a construção do conhecimento seria mais efetiva e mais duradoura na memória humana.

001aLocal: Laboratório de Ciências no Nemo Museum of Science, Amsterdam, Holanda.

Coluna: Café comCiência – Heróis e Vilões Mentais do Sono

Como é bom acordar de manhã com a sensação de descanso e de ter tido um sono reparador! E como é bom ir, com essa sensação, fazer a refeição mais importante do dia: o café da manhã.
A ciência já sabe há algum tempo que o bom sono é regulado por substâncias químicas no cérebro como a adenosina, produzida pelos neurônios, que se acumula muito durante o dia em consequência dos diversos afazeres, e isso sinaliza o cérebro que é hora de parar, então como defesa, o cérebro prepara o nosso corpo para nos livrarmos dela, fazendo-nos sentir cansados, e então procurarmos a melhor solução para reverter isso: ir ao encontro de nossa amada: a cama! E é nesse ambiente agradável, escuro e relaxante que vem o sono, então a adenosina perde sua força e começa a diminuir, dando lugar aos hormônios que realmente causam o sono, como a melatonina, que é ativada em ambientes calmos e escuros. Se a adenosina não for suficientemente diminuída e a melatonina não for suficientemente aumentada durante a noite, a sensação de cansaço continua ao acordar. Mas há uma solução paliativa para isso, e é exatamente o que a maioria de nós faz todos os dias: tomar o cafezinho preto, chocolate quente ou chá. A cafeina presente nesses alimentos, em maior ou menor quantidade dependendo de cada um, tem uma configuração molecular muito semelhante à da adenosina e quando se junta a ela, ou seja, quando se liga aos seus receptores, bloqueia os efeitos da adenosina. Se temos menos adenosina acumulada no sistema cerebral, vamos nos sentir menos cansados e mais energizados. Porém, muitas vezes a cafeína não é suficiente para eliminar ou bloquear toda a adenosina acumulada, então a única solução é colocar o sono em dia.
Isso é parte do que se sabe – muito resumidamente – sobre a ciência do sono restaurador. Mas uma pesquisa recente, publicada na prestigiosa revista Science no ano passado, revelou um dado bem preocupante para aqueles que abusam da falta de sono, seja para aproveitar as “baladas” reais ou virtuais, ou por distúrbios do sono mesmo.
Os pesquisadores encontraram evidência experimental (em camundongos) que o cérebro desses animais se limpa durante o sono. Como? Através do fluído cerebroespinhal, que entra dentro da célula nervosa. Ele entra pelos canais neuronais, pequenos orifícios nos neurônios que permitem trocas entre o meio intracelular e extracelular. Mas para entrar, os canais precisam estar bem expandidos, e isso acontece muito mais frequentemente e rapidamente quando os ratos estão dormindo do que quando estão acordados. Esse fluído entra e carrega para fora os elementos tóxicos da célula, como as proteínas amilóides, as mesmas que se acumulam como placas na doença de Alzheimer.
Por experiência própria, sabemos que a falta de sono é tóxica para o corpo todo. Mas agora há evidências da real toxicidade nas células do cérebro, e de que esse problema afeta não somente o bem estar e a saúde relacionadas ao sono, mas também provoca o risco de doenças que afetam seriamente a cognição e até a própria identidade humana.010

Referência da nova pesquisa:
Sleep Drives Metabolite Clearance from the Adult Brain
http://www.sciencemag.org/content/342/6156/373.abstract

O truque da sala que diminui e aumenta as pessoas.

DSCN0994Hoje, no Museu de Ciências de Amsterdam, entramos naquela sala que faz a gente ficar enorme se estiver em uma ponta e bem pequenino se estiver na outra.
Já vi algumas postagens de pessoas nessa sala, mas ninguém nunca explicou como funciona. Então aqui vai uma explicação.
Essa é a Sala de Ames. Ela foi inventada pelo oftalmologista norte-americano Adelbert Ames, em 1946. É uma sala distorcida que é usada para criar uma ilusão de ótica. Ela parece ser uma sala cúbica em forma normal, com uma parede no fundo e duas paredes laterais paralelas e perpendiculares ao chão e teto. No entanto, este é um truque de perspectiva e a verdadeira forma da sala é trapezoidal: as paredes são inclinadas e o teto e o piso estão em um plano inclinado, e o canto direito é muito mais perto da frente do que o canto esquerdo.
Como resultado da ilusão de ótica, uma pessoa de pé em um canto parece ao observador ser um gigante, enquanto uma pessoa de pé no outro canto parece ser um anãozinho. Esse ilusão da psicofísica já foi aplicada em cenários de filmes, se não me engano, no “Querida, encolhi as crianças”.

Coluna: Café comCiência Qual é o melhor horário para tomar café?

Quando vamos tomar o cafezinho no café da manhã, não pensamos se aquele é o melhor horário para isso.
Mas se você quiser aproveitar os efeitos da cafeína, como foco, alerta, boa disposição, melhor humor, memória afiada, etc., você precisa considerar o seu relógio biológico, aquele, regulado pelo ciclo claro/escuro. Neste ciclo, há hormônios atuando logo no começo da manhã, que podem interferir ou anular a ação da cafeína no organismo.
Geralmente entre oito e nove da manhã, o corpo produz muito cortisol, hormônio relacionado ao estresse, que gera um estado de alerta. Então o café, que causa esse mesmo efeito, não terá nenhum efeito. Portanto, os melhores horários para tomar café são aqueles em que os níveis de cortisol no corpo estão em baixa. E quando o cortisol começa a baixar? Estudos encontraram que é entre 9:30 e 11:00 da manhã. Então é esse, o melhor horário para tomar o cafezinho preto ou com leite. Mas é claro, sempre tem aqueles desregulados com seu relógio biológico; estes devem descobrir experimentando em si mesmos os horários das sensações provocadas pelo café e passar a desfrutar do poderoso efeito da cafeína em seu organismo e na rotina do dia a dia, que poderá ser bem mais estimulante.

Local: Le Tours de Notre-Dame Café – Paris – França
Referência: Study Reveals the Best Time to Drink Coffee
http://www.universityherald.com/articles/5427/20131107/drink-cup-strong-coffee-9-30am-11-30am-benefits.htm004a

Coluna: Café comCiência – Bomba! Estamos aproveitando o cafezinho do outro – e de forma nada agradável.

005aNo Instituto de Química da UNICAMP, constatou-se um dado preocupante. Os pesquisadores desse Instituto, em colaboração com cinco universidades de outros estados, identificaram a presença de cafeína em todas as amostras coletadas no cavalete (cano de entrada) de residências espalhadas por todo o país.
Isso demonstra que os mananciais estão contaminados por esgoto e que as estações de tratamento não estão dando conta de remover este e outros produtos que chegam às torneiras das residências. Os pesquisadores afirmam que esse dado é relevante, pois a cafeína funciona como uma espécie de traçador da eficiência das estações de tratamento de água. Ou seja, onde a cafeína está presente, há grande probabilidade da presença de outros contaminantes.
E de fato, além de cafeína, os cientistas também encontraram nas amostras analisadas concentrações variadas de atrazina (herbicida), fenolftaleína (laxante) e triclosan (substância presente em produtos de higiene pessoal).
Há indícios de que certos contaminantes, especialmente hormônios naturais e sintéticos, como o estrógeno, podem provocar mudanças tanto na vida aquática quanto no sistema endócrino de homens e mulheres. Uma hipótese, que carece de maiores estudos, considera que esse tipo de contaminação poderia estar contribuindo para que a primeira menstruação ocorra cada vez mais cedo entre as meninas.
Esses dados chamaram a atenção não só da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, que em breve deverá formular uma proposta de melhor proteção da vida aquática, mas também das companhias de abastecimento e saneamento da água, como a SANASA e outras concessionárias do Estado de São Paulo, que demonstraram interesse em adotar novas tecnologias que possam reduzir a presença de contaminantes na água.
Felizmente, a dosagem desses contaminantes é muito baixa devido ao sistema de filtragem, senão estaríamos todos seriamente afetados por outros produtos que saem das excreções humanas e industriais, inclusive drogas como cocaína, maconha, anti-depressivos, etc. Mas há contaminantes mais sérios, como os metais pesados do próprio sistema de encanamento como o chumbo e o cádmio das tubulações. Por isso, a melhor opção por enquanto seria usar a água mineral, mas também observando sua procedência e níveis de acidêz, dosagem adequada de minerais como o sódio, etc. Para as torneiras, recomendo purificadores de água.
Mais uma vez a Ciência ilumina caminhos, neste caso, ilumina as tubulações da água, para constatar problemas e buscar soluções para melhorar a saúde e a vida como um todo dos seres humanos e outras espécies.

Local: Restaurante em Bruxelas, Bélgica.

Referência:
Potável, porém contaminada – http://www.unicamp.br/unicamp/ju/527/pot%C3%A1vel-por%C3%A9m-contaminada

Prostituição e maconha legalizada em alguns países da Europa

Em alguns países da Europa, a prostituição é legalizada. No bairro da Luz Vermelha, em Amsterdam, as prostitutas ficam expostas atrás de janelas que mais se parecem com vitrines, à espera de clientes. São quase 300 janelas disponíveis. Elas pagam por isso: 150 euros de aluguel por dia em cada quarto. E pagam impostos. O ‘trabalho’ costuma ser bem rápido, geralmente não passa de 10 minutos! A Marihuana (maconha) também é legalizada em Amsterdam. Sendo assim, na Luz Vermelha normalmente se vê prostitutas, lojas de maconha, museus eróticos e museus sobre a história da maconha. Vê-se também muitas lojas de camisinhas e de lingeries eróticas. E também bordéis, casas de shows eróticos, pubs e outros estabelecimentos relacionados ao sexo e à maconha – e em qualquer horário do dia.
Passear pelas ruas da Luz Vermelha me fez pensar que certos julgamentos sobre o que é certo e o que é errado é uma questão cultural, como a prostituição e o uso legalizado da maconha. Em países livres para isso, depende apenas de escolha própria. Mas, ao meu ver, é uma escolha errada e sem futuro promissor. Prostituição é uma “profissão” temporária, vazia, inútil para o profissional e para a sociedade, e invasiva para o corpo e para a alma, e ainda, arriscada para a saúde daquele (a) que se prostitui e a de todos os outros que terão contato com ele (a). E a maconha causa danos no cérebro, conforme comprovam diversos estudos. Danos no cérebro levam a um desequilíbrio no modo de pensar e consequentemente no comportamento, afetando o bom senso nas atitudes, nas escolhas e no bom planejamento da vida.
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Coluna Café comCiência: Qual é a melhor forma de preparar o café?

008aA forma como o café é preparado faz diferença na saúde. O preparo varia conforme a tradição de cada país ou mesmo em diferentes regiões do Brasil. As formas de preparo mais comuns são: café fervido (sem filtração do pó), filtrado (com filtro de papel), café à brasileira (filtro de pano ), café expresso e café instantâneo ou solúvel (por ex., o Nescafé).
Quando se fala em componente do café, pensa-se simplesmente na caféina. Mas o grão do café tem centenas de outros componentes, cada um interagindo em diferentes sistemas do organismo humano produzindo efeitos benéficos ou mesmo maléficos (talvez por isso haja tanta controvérsia na mídia sobre os efeitos do café na saúde).
Alguns dos componentes adicionais do café são o cafestol e o caveol, substâncias vegetais oleosas, que elevam os níveis de LDL, o colesterol ruim no sangue.
A água quente utilizada para o preparo remove dos grãos algumas dessas substâncias gordurosas. Os filtros de papel ajudam a reter o restante dessas substâncias, mas o coador de pano não. O café fervido sem o filtro de pó, como o café turco, café escandinavo e café francês, também não removem o cafestol e caveol, então são muito mais altos os teores dessas substâncias neste preparo. O café expresso está no meio termo. Então, para as pessoas que têm ou querem prevenir altos níveis de colesterol no sangue, é melhor preparar o café com filtro de pó.

Local: Restaurante do Hotel Bedford, Bruxelas, Bélgica.
Referência:
Cafestol, the Cholesterol-Raising Factor in Boiled Coffee, Suppresses Bile Acid Synthesis by Downregulation of Cholesterol 7α-Hydroxylase and Sterol 27-Hydroxylase in Rat Hepatocytes
http://atvb.ahajournals.org/content/17/11/3064.full