Este livro poderá trazer um melhor entendimento do porquê aquela pessoa que se acha capaz e inteligente, não consegue ter um bom rendimento e se adaptar bem no mundo social, educacional e profissional.
Há pessoas que têm um pensamento global, e não sequencial ou detalhista. Essas pessoas têm dificuldade de seguir hierarquias, bem como veem tudo numa visão mais ampla. Com isso elas são ao mesmo tempo muito inteligentes para coisas complexas e possuem muita dificuldade para coisas simples, que costumam desprezar por não gerarem desafio. Essas pessoas sofrem com problemas de comunicação no trabalho, parecem arrogantes e se sentem solitárias, mesmo cercadas de amigos. Fazem facilmente o que é difícil para os outros e penam com o que, para os outros, é banal. Têm idéias geniais, que raramente realizam. São grandes procrastinadoras, acham que podem fazer tudo, mas adiam, adiam e acabam não fazendo nada. Essas pessoas chegam no consultório da autora, Dra Beatrice temendo serem vítimas de desordens mentais, mas descobrem que apenas pensam de um modo peculiar e muito eficaz. Sim, porque elas são muito inteligentes, criativas, têm muita intuição, podem fazer várias coisas ao mesmo tempo, raciocinam mais depressa e muitas vezes até melhor do que as outras pessoas. Portanto, são pessoas com grande potencial. O livro explica como funciona essas pessoas, o que não anda bem com elas, e sobretudo, o que precisa ser feito para liberar esse potencial. O livro foi um grande sucesso na França, e motivou a criação espontânea de grupos e blogs de leitores que começaram a viver melhor depois de se surpreenderem com cada página que os levava a descoberta de si mesmos.
Se nos conhecermos, podemos mudar!
Monthly Archives: outubro 2014
Em Busca de Sentido
Hoje peguei o livro na estante “Em busca de Sentido” do médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl, nascido em Viena, em 1905. O livro trás à tona o existencialismo, descrito por meio da própria existência do autor, terrivelmente sofrida. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino. O existencialista muitas vezes passa por uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.
Frankl viu sua vida ser destituída de significado quando foi preso em 1942, nos campos de concentração na era nazista da Segunda Guerra Mundial. Foi levado para Auschwitz juntamente com seus pais e sua esposa que estava grávida, mas ela foi forçada pelos nazistas a abortar antes de serem transportados. Os pais morreram de exaustão, a esposa foi para a câmara de gás, e ele sobreviveu naquele ambiente passando fome, humilhação, degradação da saúde, medo e profunda raiva das injustiças.
Mas ele percebe que apesar de todo o sofrimento, há algo intocável e inalcançável pelo ambiente e pelos outros: as profundezas de seu eu. Lá é possível encontrar um significado na existência, apesar da dor. É possível sonhar, ter esperança, visualizar seu destino positivamente,ter humor, e mesmo externalizar essas belezas da alma, como fez, como apreciar a beleza das árvores e do por do sol, criar teatros improvisados no campo de concentração com seu grupo, e roubar papéis do escritório dos nazistas para escrever poemas, escrever seu livro e seu método psicoterapêutico, (a logoterapia, cuja palavra logo em grego significa sentido).
Frankl e todas as pessoas que tem um desejo ardente de viver, apesar de seu sofrimento e todas as suas indignidades, são as que possuem a maior capacidade de sobrevivência e felicidade, pois são mestres dos seus atos e dos seus destinos, e possuem um sentido que justifiquem suas vidas.
Café comCiência: Porque é importante aproveitar melhor nossas manhãs.
Acordar bem cedo, tomar um café da manhã equilibrado com proteínas, carboidratos e gordura, fazer exercícios, aproveitar para relacionar-se com o ente querido (pode ser o seu cachorro rsrs), pensar no que fez de bom ontem e fará de bom hoje. Esse é um ritual matinal energizante que dará disposição, força de vontade, facilidade para resolver problemas, planejar melhor as coisas, ter novas idéias e ter autocontrole para o resto do dia.
Mas porque logo no início do período da manhã? Porque depois de uma noite bem dormida, os ciclos completos do sono terminam por volta das 6:00 da manhã (para quem dorme bem a noite, é claro). Quem acorda mais cedo consegue aproveitar todos os picos de aprendizado. O cérebro, que trabalhou a noite toda sonhando, se preparando para consolidar novas memórias e formar conexões de aprendizado, começa a liberar uma quantidade maior de hormônios estimuladores dos neurônios e atinge o pico máximo dessa atividade duas horas após o despertar – e permanece assim por mais quatro horas. Curiosamente, há também o período de rever todo o aprendizado do dia e esse é bem mais tarde: ocorre doze horas após o despertar, quando o cérebro começa a ter uma produção acelerada de um tipo de proteína cuja concentração estimula as conexões entre os neurônios. Esse momento de “replay”, como chama Ivan Izquierdo, neurocientista-chefe do grupo que descobriu isso, é o melhor período para rever toda a experiência do dia. Por isso, pode ser menos efetivo rever projetos ou estudos em período diferente desse.
Essa informação poderá fazer os notívagos pensarem que estão em desvantagem em relação aos matutinos quanto à qualidade de seu sono e ao melhor aproveitamento das deliciosas manhãs. De fato, e não somente isso, mas também em desvantagem em seus níveis hormonais e tipos diferentes de hormônios atuando (por exemplo a ativação do cortisol, que é o hormônio do estresse, em vez da acetilcolina, que é o hormônio que fixa as memórias), e também a forma como as memórias são consolidadas e o quanto afetará a aprendizagem dessa pessoa e a forma como ela sente e pensa. E ainda, alterações físicas como pele sem viço, olheiras, obesidade, etc.
Nosso corpo está biologicamente programado para o repouso no período noturno e alta atividade no período diurno. Inverter isso, é ir na contra-mão de como a Natureza nos moldou e como ela exige que atuemos nela para levarmos uma vida melhor e mais produtiva.
Para Saber Mais:
http://veja.abril.com.br/211107/p_098.shtml