Porque é importante aproveitar melhor nossas manhãs.

Acordar bem cedo, tomar um café da manhã equilibrado com proteínas, carboidratos e gordura, fazer exercícios, aproveitar para relacionar-se com o ente querido (pode ser o seu cachorro rsrs), pensar no que fez de bom ontem e fará de bom hoje. Esse é um ritual matinal energizante que dará disposição, força de vontade, facilidade para resolver problemas, planejar melhor as coisas, ter novas idéias e ter autocontrole para o resto do dia.
Mas porque logo no início do período da manhã? Porque depois de uma noite bem dormida, os ciclos completos do sono terminam por volta das 6:00 da manhã (para quem dorme bem a noite, é claro). Quem acorda mais cedo consegue aproveitar todos os picos de aprendizado, a remodelagem diária do cérebro. O cérebro, que trabalhou a noite toda sonhando, se preparando para consolidar novas memórias e formar novas conexões de aprendizado, começa a liberar uma quantidade maior de hormônios estimuladores dos neurônios e atinge o pico máximo dessa atividade duas horas após o despertar – e permanece assim por mais quatro horas. Curiosamente, há também o período de rever todo o aprendizado do dia e esse é bem mais tarde: ocorre doze horas após o despertar, quando o cérebro começa a ter uma produção acelerada de um tipo de proteína cuja concentração estimula as conexões entre os neurônios. Esse momento de “replay”, como chama Ivan Izquierdo, neurocientista-chefe do grupo que descobriu isso, é o melhor período para rever toda a experiência do dia. Por isso, pode ser menos efetivo rever projetos ou estudos em período diferente desse.
Essa informação poderá fazer os notívagos pensarem que estão em desvantagem em relação aos matutinos quanto à qualidade de seu sono e ao melhor aproveitamento das deliciosas manhãs. De fato, e não somente isso, mas também em desvantagem em seus níveis hormonais e tipos diferentes de hormônios atuando (por exemplo a ativação do cortisol, que é o hormônio do estresse, em vez da acetilcolina, que é o hormônio que fixa as memórias), e também a forma como as memórias são consolidadas e o quanto afetará a aprendizagem dessa pessoa e a forma como ela sente e pensa. E ainda, alterações físicas como pele sem viço, olheiras, obesidade, etc.
Nosso corpo está biologicamente programado para o repouso no período noturno e alta atividade no período diurno. Inverter isso, é ir na contra-mão de como a Natureza nos moldou e como ela exige que atuemos para levarmos uma vida melhor e mais produtiva.
Texto: Silvia Helena Cardoso
Para Saber Mais:
http://veja.abril.com.br/211107/p_098.shtml

Quer se lembrar dos seus sonhos?

Utilize essa técnica simples e criativa. Foi criada por Salvador Dali (veja o vídeo em https://youtu.be/ojFAJcD4jDA). Muitas vezes ele se inspirou em seus sonhos surreais para criar suas pinturas.
Durante o sono e sonhos, as memórias estão se reorganizando com as experiências do dia, e muitas vezes neurônios de uma rede de um aprendizado específico podem dar uma “escapadinha” e vão se conectar com neurônios de outras redes. Esses novos encontros nas baladas noturnas da mente podem formar novas conexões e consequentemente novos aprendizados e novas idéias.
Os sonhos já inspiraram não só os artistas, mas também cientistas, estudantes, crianças e qualquer outra pessoa normal. Paul MacCartney, por exemplo, sonhou com a letra da música Yesterday. Cientistas químicos, como Kekulé, sonhou com uma cobra mordendo o seu próprio rabo e conseguiu visualizar como era a conformação da molécula de benzeno (note aqui, que as vezes é preciso interpretar as imagens ou situações criadas nos sonhos).
Quem sabe você também não capture algum sonho seu e tenha alguma idéia – maluca ou não – para expor no mundo real rsrs

(Veja um método muito mais moderno para se lembrar dos sonhos em meu post mais atual. Em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1026959053999984&set=a.578199145542646.144966.100000576964029&type=1&theater)

Um brinquedo prazeroso e educativo – também para marmanjos

Hoje se pode encontrar Lego nos grandes institutos educacionais, desde a pré-escola, para divertir as crianças e estimular a sua concentração e criatividade, até à universidade, onde linhas tecnológicas permitem aos estudantes aperfeiçoarem-se em design, robótica e mecatrônica. Os estudantes se sentem altamente engajados e motivados a aprender conceitos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, enquanto constróem o equipamento e o faz funcionar. Isso permite usar não só as habilidades cognitivas, por ex., no caso de estudos teóricos, mas também a prática do fazer. Em fevereiro de 2015 foi considerado o brinquedo mais prazeroso do mundo. Na imagem, um robô em movimento montado com Lego, controlado por controle remoto, construído pelos meninos do colégio Albert Sabin de Ribeirão Preto, e apresentado no stand da Semana Nacional do Cérebro em Ribeirão Preto, evento coordenado pelo Prof. Norberto Garcia Cairasco da FMRP/USP.
Fica aqui essa dica para aqueles educadores que reclamam de falta de interesse dos alunos na escola.

Um Comportamento Misterioso e Intrigante

Alguma vez você já pensou por que você não consegue fazer cócegas em você mesmo?
É porque as cócegas é um comportamento única e exclusivamente social. Cócegas é um tipo de brincadeira de lutar, na qual quem faz é o suposto agressor (por exemplo, o monstro, o predador, o inimigo de guerra que quer pegar sua vítima) e quem as recebe é o mais frágil (por exemplo, a presa, o refém). Por isso é sempre acompanhada do riso: para deixar claro que aquilo é só uma brincadeira. A criança se contorce ou se defende com os braços para tentar escapar daquilo. Esse é um comportamento muito importante para o desenvolvimento da criança para ensiná-la a se defender de ataques ou outras agressões, ou ensinar situações da vida como ganhar ou perder.

E por que não sentimos nada fazendo cócegas em nós mesmos? Este é mais um fenômeno intrigante deste comportamento. Para as cócegas serem efetivas, o cérebro não pode saber exatamente de onde elas vêm. Charles Darwin já tinha percebido essa característica sobre o tickling (cócegas, em inglês) ao afirmar: “For tickling to be effective, you must not know the precise point of stimulation”.
Mas se uma outra pessoa fizer, o local será desconhecido ou impreciso, e isso ativam regiões e vias neurais que levam essa sensação tátil específica ao cérebro. O cerebelo, que é uma estrutura cerebral que ajuda a controlar os movimentos, percebe que aqueles dedos tocando a barriga e o pescoço não são do seu dono, então avisa imediatamente a parte do cérebro responsável pela sensação tátil (cortex somatosensorial) que aqueles movimentos são oriundos de uma brincadeira. Então o cérebro sente este toque específico, e relaxa, começando a preparar a “poção do riso”, composta por uma química que provoca uma agradável sensação no corpo e na mente.

Crianças com visão normal riem principalmente quando têm a sensação tátil das cócegas. Crianças cegas, que nunca sabem de onde vêm as cócegas e sequer se elas virão, riem o tempo todo aguardando-as, mesmo sem sentí-las rsrs. No vídeo, brinco com uma criança cega na qual parece que estou fazendo cócegas nela. Entretanto, em uma análise mais detalhada, o observador poderá perceber que eu sequer toco na criança, e mesmo assim ela ri muito. Isso mostra o poder das cócegas e da brincadeira.

Portanto, riso e brincadeira é coisa séria. E as cócegas, que fazem parte de um importante tipo de brincadeira, não podem ser negligenciadas na infância. Este é um comportamento genuino e instintivo que ajuda a fortalecer a personalidade da criança e forma um importante elo, não só entre crianças e adultos, mas também entre marmanjos, por exemplo, entre casais que se divertem com brincadeiras de dominar ou assustar. É riso garantido…