Doces. Ahh, os doces, essas coisinhas deliciosas e tentadoras que levam a um prazer momentâneo, mas que depois causam culpa porque pesam no corpo e na consciência… Muitas pessoas não conseguem resistir aos doces. Por que? Porque se tornaram viciadas! Várias pesquisas constataram que esta compulsão pode ser considerada tão séria e tão forte quanto o vício em álcool e drogas. A compulsão surge porque após ingerir um doce, o cérebro libera dopamina e endorfinas no cérebro, que são substâncias químicas naturais que dão a sensação de imenso prazer. Ao reconhecer esta sensação boa, o cérebro começa a pedir mais e mais dessas substâncias e, consequentemente, açúcar. Esse mecanismo é o mesmo que as áreas ativadas pelo vício em drogas.
Algumas dicas para controlar a compulsão por doces
– Ter um café da manhã equilibrado com proteínas, carboidratos e gordura. Um estudo (veja referência 2, abaixo) descobriu que o café da manhã aumenta substâncias químicas envolvidas na regulação de ingestão de alimentos.
– Evitar alimentos industrializados que contenham açúcar e farinha refinada; ingerir alimentos que contenham proteínas e fibras, como grãos integrais e verduras, que causam mais saciedade e diminuem a compulsão por doces;
– Beber mais água, porque o cérebro confunde desidratação com fome;
– Descarte a sobremesa por três semanas para readaptar o paladar e diminuir a compulsão;
– Pode ser útil a suplementação de alguns nutrientes, como glutamina e vit A e C, que diminuem o vício por doces.
O excesso ou compulsão por doces seguramente não é saudável. Ao ingerir doces, o açúcar entra no sangue, elevando os níveis de glicose e estimulando o pâncreas a produzir e liberar insulina, que converte a glicose em energia e em estoques de gordura. Mas além de obesidade, os doces também são ligados a outras doenças sérias, como diabetes, depressão do sistema imunológico, alterações de humor, cáries e vários outros. É preciso força de vontade e consciência dos malefícios do açúcar para controlar o exagero pelo doce.
Local: Cafeteria na Galeria Lafayete, Paris
Referências:
1. Evidence for sugar addiction: Behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2235907/
2. Eating Breakfast Increases Brain Chemical Involved in Regulating Food Intake and Cravings, MU Researchers Find
http://munews.missouri.edu/news-releases/2014/1015-eating-breakfast-increases-brain-chemical-involved-in-regulating-food-intake-and-cravings-mu-researchers-find/