A morada dos feridos e inválidos da Guerra do séc XVI até hoje

003bPara onde iam os feridos ou inválidos das guerras? Onde estão as armas, vestimentas e os outros objetos das guerras? Onde foram sepultados vários dos grandes heróis de guerras, como Napoleão Bonaparte?
Tudo isso está aqui, no Hôtel des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada pelo rei Luís XIV, desde 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos com alojamentos e com um grande hospital. É também uma necrópole militar e sede de vários museus.
No Invalides chegam diariamente caravanas de ônibus escolares com crianças que aprendem de forma marcante e inesquecível a história das guerras. Realmente, é importante conhecer desde criança os horrores e as consequências da guerra, como o nazismo, ou mais remotamente, a revolução francesa (1789-1799) que derrubou a monarquia absolutista, acabando com privilégios feudais, aristocráticos e religiosos em nome dos princípios reivindicados:Liberdade, Igualdade. Fraternidade. Se hoje desfrutamos desses princípios e ainda lutamos por eles, é porque alguém lá atrás sofreu, lutou, morreu ou se tornou um inválido para o resto da vida. O Palácio dos Invalides trás à tona a memória desse momento histórico e dos grandes heróis da guerra. Que tenhamos grande respeito, conhecimento e reconhecimento por quem lutou para chegarmos onde estamos hoje.

Local: Hôtel des Invalides, Paris
Foto: Renato Marcos Endrizzi Sabbatini

Como não se consternar e refletir sobre uma cena tão tocante como essa?

temp280A bebê sonolenta, com as últimas lágrimas escorrendo sobre a face, dá uma trégua ao sofrimento, e simula o ato prazeroso do instinto mais profundo do elo mãe-filho: a sucção (do seio da mãe), ao levar seu dedinho à boca e sugá-lo com prazer e tranquilidade. E ainda, se entrega à segurança e aconchego momentâneos do colo de uma protetora provisória, que lhe oferece carinho e conforto, o que lhe dá a expressão de serenidade.
Seres humanos têm necessidades básicas, e elas não se restringem ao alimento, mas também ao abrigo, ao acolhimento, ao amor. Sem esse conjunto mínimo de necessidades, não vivemos; vagamos desnudos de corpo e de alma em nossa passagem pela vida.