Aproximando famílias com videoconferência

A.C, ex-moradora de rua, com transtorno mental, fugiu de casa, em Campina Grande, no Estado da Paraíba, e foi encontrada mendigando nas ruas de Campinas, São Paulo.<br />
Foi resgatada pelo abrigo Renascer, em Campinas. Trouxemos essa pessoa para nosso Instituto, que possui uma sala de videoconferência. Identificamos sua mãe, na Paraíba, que foi encaminhada a uma sala de videoconferência em sua cidade sob nossa orientação. Então colocamos mãe e filha em contato por videoconferência, após 10 anos sem se verem. Três meses depois A.C. voltou para os cuidados da mãe em sua cidade natal.</p>
<p>Projeto: TeleSmiles. Criado e elaborado por Silvia Helena Cardoso, implementado por Renato Marcos Endrizzi Sabbatini e equipe: Wagner Ribeiro, Nilson Massarenti, Alexsandro Oliveira, Rosana Camuri Dos Santos, Alexandre Mendonça.

A.C, ex-moradora de rua, com transtorno mental, fugiu de casa, em Campina Grande, no Estado da Paraíba, e foi encontrada mendigando nas ruas de Campinas, São Paulo.
Foi resgatada pelo abrigo Renascer, em Campinas. Trouxemos essa pessoa para nosso Instituto, que possui uma sala de videoconferência. Identificamos sua mãe, na Paraíba, que foi encaminhada a uma sala de videoconferência em sua cidade sob nossa orientação. Então colocamos mãe e filha em contato por videoconferência, após 10 anos sem se verem. Três meses depois A.C. voltou para os cuidados da mãe em sua cidade natal.

Projeto: TeleSmiles. Criado e elaborado por Silvia Helena Cardoso, implementado por Renato Marcos Endrizzi Sabbatini e equipe: Wagner Ribeiro, Nilson Massarenti, Alexsandro Oliveira, Rosana Camuri Dos Santos, Alexandre Mendonça.

Perpetuando a Lembrança

Olho para baixo e meus pés tocam as folhas. Olho para cima e meus olhos contemplam o céu.
Onde estão vocês, mamãe e papai, que se foram, mas deixaram esse vazio da saudade? O seu delicado pó que deixaram na Terra teria sido absorvido pelas árvores dessas folhas douradas que um dia serão consumidas por homens e animais? Ou teriam essas moléculas queridas sobrevoado o céu e alcançado os rios e mares que alimentarão os peixes, e que novamente chegarão aos homens e animais? Os átomos da morte alimentam a vida, e assim se fecha um ciclo, o ciclo da vida, que assegura a nossa continuidade na Terra. Em mim, vocês ainda vivem. Seus átomos vivem em meu sangue, em meus genes, que me farão continuar seu legado. E vivem também em minha memória. É na memória que surge a presença dos ausentes. Um vazio só pode ser preenchido com lembranças. Lembranças boas de um passado que não volta mais é a maior prova de que o passado valeu a pena. A essas lembranças chamamos saudade.

Por que Somos o que Somos

Por que Somos o que Somos

Por que Somos o que Somos

Acho que o conceito de etnia e herança cultural deveria ser ensinado nas escolas desde muito cedo. Ainda hoje persiste o racismo, baseado no termo "raça", que nem existe mais em nenhuma classificação antropológica. O racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.

As etnias incluem não só a cor e outras características físicas e biológicas da pessoa, mas também a cultura, a nacionalidade, a religião, a língua e as tradições. Mas mesmo as etnias já estão se extinguido, devido á grande miscigenação. Para falar sobre isso, é preciso incluir obrigatoriamente os conhecimentos sobre evolução, seleção natural, migração, clima, geografia, etc e não o creacionismo e outros conceitos religiosos de como surgiu o Homem, como querem milhares de pais e escolas em várias partes de todo o mundo ocidental.

A exemplo dos índios, eles têm sua origem nos mongóis. Os mongóis surgiram em uma área gelada no norte da Ásia no final da última era glacial e migraram para outras regiões da Ásia, como a  Mongólia, na Ásia Oriental e Central, dando origem aos japoneses, coreanos, etc. Os mongóis migraram também para o Sudeste Asiático, originando os vietnamitas, indonésios, malaios, etc . Daí a semelhança entre eles, como o olho puxadinho.  O olho puxadinho para o canto, com aquela característica prega ou dobra da pele da pálpebra  superior, chama-se prega ou dobra epicântica (do grego epi=ao lado de, e Kanthos= ângulo do olho). Essa dobra surgiu devido à necessidade de proteger os olhos para reduzir a luminosidade refletida pela neve. Outra importante função dessa  dobrinha epicântica é que ela possui mais gordura e isso permite isolar os olhos, conservando mais calor para o resto do corpo.
Essa etnia oriunda dos mongóis em geral também não têm barba e nem pelos pelos corpo, mas cabelos lisos, negros e abundantes. A explicação para isso é que a ação dos genes que definem a pelagem desses povos, é um pouco diferente da nossa.  Esses genes que induzem a produção de pelos neles é menor no corpo e maior no couro cabeludo. O resultado é um corpo com menos pelo e menor tendência à calvície.

Se entendermos a origem de nossa espécie como ela verdadeiramente é, e não como muitos acreditam ser, passaremos a ver todo e qualquer ser humano como uma espécie admirável e superior que precisou desenvolver certos costumes e certas características genéticas e físicas para sobreviver e se adaptar ao ambiente em que viveu,  e que essas características foram passadas de geração em geração estampando em nosso corpo, genes e cultura o que somos hoje.

Por: Silvia Helena Cardoso

Acho que o conceito de etnia e herança cultural deveria ser ensinado nas escolas desde muito cedo. Ainda hoje persiste o racismo, baseado no termo “raça”, que nem existe mais em nenhuma classificação antropológica. O racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.

As etnias incluem não só a cor e outras características físicas e biológicas da pessoa, mas também a cultura, a nacionalidade, a religião, a língua e as tradições. Mas mesmo as etnias já estão se extinguido, devido á grande miscigenação. Para falar sobre isso, é preciso incluir obrigatoriamente os conhecimentos sobre evolução, seleção natural, migração, clima, geografia, etc e não o creacionismo e outros conceitos religiosos de como surgiu o Homem, como querem milhares de pais e escolas em várias partes de todo o mundo ocidental.

A exemplo dos índios, eles têm sua origem nos mongóis. Os mongóis surgiram em uma área gelada no norte da Ásia no final da última era glacial e migraram para outras regiões da Ásia, como a Mongólia, na Ásia Oriental e Central, dando origem aos japoneses, coreanos, etc. Os mongóis migraram também para o Sudeste Asiático, originando os vietnamitas, indonésios, malaios, etc . Daí a semelhança entre eles, como o olho puxadinho. O olho puxadinho para o canto, com aquela característica prega ou dobra da pele da pálpebra superior, chama-se prega ou dobra epicântica (do grego epi=ao lado de, e Kanthos= ângulo do olho). Essa dobra surgiu devido à necessidade de proteger os olhos para reduzir a luminosidade refletida pela neve. Outra importante função dessa dobrinha epicântica é que ela possui mais gordura e isso permite isolar os olhos, conservando mais calor para o resto do corpo.
Essa etnia oriunda dos mongóis em geral também não têm barba e nem pelos pelos corpo, mas cabelos lisos, negros e abundantes. A explicação para isso é que a ação dos genes que definem a pelagem desses povos, é um pouco diferente da nossa. Esses genes que induzem a produção de pelos neles é menor no corpo e maior no couro cabeludo. O resultado é um corpo com menos pelo e menor tendência à calvície.

Se entendermos a origem de nossa espécie como ela verdadeiramente é, e não como muitos acreditam ser, passaremos a ver todo e qualquer ser humano como uma espécie admirável e superior que precisou desenvolver certos costumes e certas características genéticas e físicas para sobreviver e se adaptar ao ambiente em que viveu, e que essas características foram passadas de geração em geração estampando em nosso corpo, genes e cultura o que somos hoje.

 

Além de uma Simples Boneca

Quando estive nos Estados Unidos, entrei em uma loja de brinquedos e uma coisa me chamou a atenção. Só vi bonecas brancas expostas na prateleira. Quando perguntei sobre bonecas negras, a vendedora disse que tinha, mas elas ficavam em uma área reservada da loja, mas qualquer um que tivesse interesse poderia entrar nessa sala. Quando entrei na “sala reservada”, notei que as bonecas negras eram mais baratas que as brancas. E notei ainda outro detalhe mais surpreendente: na caixa de uma das bonecas, havia um boneco-macaco que, nos dizeres da caixa, orientava colocar nele a mesma fraldinha do bebê humano e ambos também poderiam comer a mesma banana.
Isso me levou a uma constatação desoladora: desde muito cedo, nossas crianças aprendem a se segregarem por etnias e muitas vezes privilegiando a raça branca (em vários locais de cada país).
Um importante experimento realizado nos anos 40 comprovou isso. A pesquisa foi conduzida Kenneth Bancroft Clark psicólogo negro, professor, primeiro Presidente negro da Associação Psicológica Americana, ativista do movimento de direito civil, fundador de uma sociedade contra o racismo. A pesquisa contava com duas bonecas, uma de cor branca e outra negra. As bonecas eram colocadas em uma sala e crianças deveriam entrar, cada uma na sua vez, para responder algumas perguntas sobre cada boneca. As perguntas eram, por exemplo: qual boneca é mais bonita? qual boneca é má? qual boneca você escolheria? Os resultados mostraram que a maioria das crianças escolheu a boneca branca quando se tratava de coisas positivas.
Esta pesquisa alertou as autoridades e contribuiu para a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que determinou que a segregação racial na educação pública era inconstitucional (antes disso as escolas públicas eram separadas para brancos e negros). Esse experimento foi replicado recentemente dezenas de vezes em diversos países com diferentes etnias, inclusive com a raça negra, e os resultados foram os mesmos (coloque no youtube a palavra-chave racismo; boneca e você encontrará vários vídeos a respeito).
A criança precisa ser inoculada contra o racismo desde bebê. E isto começa com educação e exemplo dos adultos. Uma criança não nasce racista. Mas ela nasce com senso de justiça, e isso já foi comprovado por meio de experimentos. Se ela for ensinada que tom da pele nada significa em termos de confiança, caráter, aparência, etc, ela escolherá o humano que transmitir isso a ela, independentemente da cor.

Além de uma Simples Boneca

Quando estive nos Estados Unidos, entrei em uma loja de brinquedos e uma coisa me chamou a atenção. Só vi bonecas brancas expostas na prateleira. Quando perguntei sobre bonecas negras, a vendedora disse que tinha, mas elas ficavam em uma área reservada da loja, mas qualquer um que tivesse interesse poderia entrar nessa sala. Quando entrei na "sala reservada", notei que as bonecas negras eram mais baratas que as brancas. E notei ainda outro detalhe mais surpreendente: na caixa de uma das bonecas, havia um boneco-macaco que, nos dizeres da caixa, orientava colocar nele a mesma fraldinha do bebê humano e ambos também poderiam comer a mesma banana.
Isso me levou a uma constatação desoladora: desde muito cedo, nossas crianças aprendem a se segregarem por etnias e muitas vezes privilegiando a raça branca (em vários locais de cada país).
Um importante experimento realizado nos anos 40 comprovou isso. A pesquisa foi conduzida Kenneth Bancroft Clark psicólogo negro, professor, primeiro Presidente negro da Associação Psicológica Americana, ativista do movimento de direito civil,  fundador de uma sociedade contra o racismo. A pesquisa contava com duas bonecas, uma de cor branca e outra negra. As bonecas eram colocadas em uma sala e crianças deveriam entrar, cada uma na sua vez, para responder algumas perguntas sobre cada boneca. As perguntas eram, por exemplo: qual boneca é mais bonita? qual boneca é má? qual boneca você escolheria? Os resultados mostraram que a maioria das crianças escolheu a boneca branca quando se tratava de coisas positivas.
Esta pesquisa alertou as autoridades e contribuiu para a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que determinou que a segregação racial na educação pública era inconstitucional (antes disso as escolas públicas eram separadas para brancos e negros). Esse experimento foi replicado recentemente dezenas de vezes em diversos países com diferentes etnias, inclusive com a raça negra, e os resultados foram os mesmos (coloque no youtube a palavra-chave racismo; boneca e você encontrará vários vídeos a respeito).
A criança precisa ser inoculada contra o racismo desde bebê. E isto começa com educação e exemplo dos adultos. Uma criança não nasce racista. Mas ela nasce com senso de justiça, e isso já foi comprovado por meio de experimentos. Se ela for ensinada que tom da pele nada significa em termos de confiança, caráter, aparência, etc, ela escolherá o humano que transmitir isso a ela, independentemente da cor. 

Por: Silvia Helena Cardoso

 

Ateu se torna religioso após disfunção em região cerebral

O indiano ateu Rudi Affolter teve uma alucinação religiosa durante uma crise convulsiva decorrente de uma hiperativação no lobo temporal e passou a ter firme convicção em Deus.
Hoje a Ciência já sabe que a epilepsia no lobo temporal ou outra disfunção nessa área do cérebro está sujeita a alucinações religiosas. Existem vários outros relatos de que uma hiperativação no lobo temporal levou a experiências religiosas.

Referência:
Documentário da BBC – God On The Brain
http://www.liveleak.com/view?i=82b_1241911391

Muçulmano se torna cristão após se recuperar de um aneurisma cerebral

Um homem do Alabama nascido na Síria declarou em entrevista que era um muçulmano muito sério e dedicado à sua religião, quando um aneurisma o deixou em coma prolongado. Mas quando ele se recuperou, começou a ler a bíblia, quis ser batizado e passou a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo.
Aneurisma é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. Os maiores riscos desse afrouxamento do tecido vascular são ruptura da artéria e hemorragia ou compressão de outras áreas do cérebro.Provavelmente o aneurisma tenha comprimido regiões do cérebro relacionadas com a experiência religiosa.

Referência:
Muslim man becomes Christian after recovering from brain aneurysm
http://www.foxnews.com/world/2013/10/01/muslim-man-becomes-christian-after-recovering-from-brain-aneurysm/

Muçulmano se torna cristão após se recuperar de um aneurisma cerebral</p>
<p>Um homem do Alabama nascido na Síria declarou em entrevista que era um muçulmano muito sério e dedicado à sua religião, quando um aneurisma o deixou em coma prolongado. Mas quando ele se recuperou, começou a ler a bíblia, quis ser batizado e passou a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo.<br />
Aneurisma é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. Os maiores riscos desse afrouxamento do tecido vascular são ruptura da artéria e hemorragia ou compressão de outras áreas do cérebro.Provavelmente o aneurisma tenha comprimido regiões do cérebro relacionadas com a experiência religiosa.</p>
<p>Referência:<br />
Muslim man becomes Christian after recovering from brain aneurysm<br />
http://www.foxnews.com/world/2013/10/01/muslim-man-becomes-christian-after-recovering-from-brain-aneurysm/

A mais Poderosa Arma do Ser Humano

temp317bParece que René Magritte estava errado ao achar que uma imagem é só uma imagem, ao escrever em sua famosa obra pintada em 1928, com os dizeres abaixo da figura de um cachimbo “Ceci n’est pas une pipe” (este não é um cachimbo). Magritte explicou que a imagem, por ela mesma, não é um cachimbo. É apenas a imagem de um cachimbo. Ele mesmo reforçou isso em entrevistas sobre a obra: “Tente colocar tabaco aqui. Você não vai conseguir”.
O que Magritte não considerou, é o que se lê na recente imagem do cartunista aí ao lado: “Esta não é uma arma. É uma ferramenta de expressão”.

Esta “ferramenta de expressão” que produz imagem e palavras, é o que transfere ao mundo aquilo que nos faz unicamente humanos: a linguagem. A linguagem falada, escrita ou desenhada é a mais poderosa expressão da emoção e da inteligência humana. É por meio dela que comunicamos aos outros os nossos pensamentos, sentimentos e experiências.

A transferência da linguagem de um indivíduo ativa no outro redes de símbolos daquilo que o outro experimentou em vida e armazenou em seu cérebro com um significado próprio. Simbolos neurais interpretados do ambiente que não significam nada para uns, são altamente significativos para outros, por ex. Deus, Infiel, Fantasma, Satanás, Barata.

O mundo externo molda o mundo interno do ser. E as representações neurais daquelas experiências ficam tão absolutamente e fortemente conectadas, coladas, que muito dificilmente se soltam e vão formar outras representações com novos significados.

Infelizmente, há mentes más ou doentias, que, ao longo de toda a humanidade, se autodeclararam líderes e usaram a representação da linguagem para implantar na mente do outro suas ideologias deturpadas, formando assim movimentos de massa ou mesmo culturas e civilizações que foram condicionados a pensar como o maluco. Foi o que aconteceu com Hitler ou Stalin, por exemplo. Stalin aplicou técnicas de linguagem para recondicionamento de soldados e até publicou isso em um paper em 1950. Ele demonstrou a significância da linguística para a doutrinação em massa. Por ex., a palavra “Traidor” era repetidamente acompanhada por fortes estímulos negativos. Isso passou a provocar automaticamente sentimentos e reações de ódio nos soldados. Opiniões prontas transferidas mecanicamente ao outro, sem dar oportunidade à oposição, alcançam as células nervosas e implantam um padrão fixo de pensamento no cérebro. Essa técnica é popularmente conhecida como lavagem cerebral – a desconstrução de significados das coisas representadas no cérebro e reconstrução daquelas mesmas coisas com significados diferentes por meio de condicionamento de recompensa ou punição.

A tragédia recente que o mundo assistiu indignado como consequência de publicações de charges desrespeitosas, humilhantes, intolerantes e também extremistas com a crença dos outros, nos alerta que devemos ter mais cuidado com as palavras e as imagens. Em muitas situações, deveríamos manifestar nossos sentimentos em um papel (ou uma tela) em branco que também pode representar muito: o silêncio e a paz.

Je ne suis pas Charlie

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Eu não sou Charlie. A liberdade de expressão tem seus limites, mesmo nas democracias mais modernas. Fale ou escreva o que acha de alguém que errou, e poderá ser processado por calúnia, difamação ou danos morais. Repreenda um funcionário por mau comportamento e poderá ser processado por assédio moral. Insista ou exagere nos galanteios a uma mulher e poderá ser processado por assédio sexual. Use deliberadamente o texto ou imagem de outro sem as devidas citações, e poderá ser processado por apropriação indébita de propriedade autoral. Demonstre preconceito por raças e orientação sexual e poderá ser processado por racismo e homofobia.

Era isso que a Justiça da França deveria ter feito desde as primeiras publicações: processar a editora pelas charges da revista Charlie Hebdo (por sinal, charges de péssimo gosto, sem graça e realmente ofensivas às religiões, não só à muçulmana). Na época, diversas associações islâmicas e mesmo católicas e judaicas se sentiram ofendidas e decidiram processar a revista. Os tribunais franceses, entretanto, fortemente arraigados ao próprio preceito da cultura francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, garantem a liberdade de expressão, o que incentiva ainda mais a expressão de todo e qualquer pensamento. E deram ganho de causa para a revista.

Atacar um indivíduo, ou pior, uma cultura alheia mesmo sendo com canetas ou palavras, é sempre um ato impositivo e agressivo. Isso piora muito quando a cultura é baseada na religião. Na crença islâmica, há um preceito central que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. A maioria dos muçulmanos recebeu essa ofensa em silêncio ou buscou a Justiça. Mas os terroristas muçulmanos, em cujos cérebros foram feitas uma lavagem cerebral condicionando-os ao ódio, à vingança e a todo tipo de sujeira mental contra aqueles que desrespeitam suas crenças e o seu modo de vida, não pensam como pessoas normais e pacíficas. Então fica a pergunta: Para que incitar o ódio e a vingança nesse tipo tão perigoso de pessoa? Será que os ateus “livres”, intolerantes, xenofóbicos acham que podem expressar toda a sua liberdade de pensamento ou mesmo tentar mudar o pensamento de uma outra cultura com textos ou desenhinhos ofensivos? Será que querem impor a sua liberdade de expressão oprimindo a liberdade daquele que não pensa como ele? Quanto engano!

É desnecessário dizer aqui o óbvio: “condeno o terrorismo, nada justifica o assassinato por qualquer ação, blá blá blá”. Mas a conquista da paz se inicia com o respeito e compreensão ao modo de ser e de pensar do outro.

Benefícios cognitivos de interagir com a Natureza

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Caminhar é bom em qualquer lugar, mas caminhar na Natureza é ainda melhor. Um estudo comparou os efeitos restauradores da função cognitiva na interação com a Natureza versus na interação com ambientes urbanos. Campos e parques verdejantes oferecem uma explosão de estímulos prazerosos e belos, mostrando seu brilho, sons, cores e mesmo sabores. Isto dirige a atenção e concentração mais para as atividades de descanso e recuperação da mente, do que para as do corpo, ao contrário do que quando se está em um ambiente urbano (ou na esteira), onde se tem que ter uma dramática atenção voltada para a ‘sobrevivência’, como evitar cair, ser atropelado por um carro, ser roubado, etc, e isto compromete os processos de restauração cognitiva.
Referência:
The Cognitive Benefits of Interacting With Nature
http://pss.sagepub.com/content/19/12/1207

Local: Jardim do Palácio de Versailles, França.

Coluna: Café comCiência Os amargos efeitos do açúcar no corpo e cérebro

012dDoces. Ahh, os doces, essas coisinhas deliciosas e tentadoras que levam a um prazer momentâneo, mas que depois causam culpa porque pesam no corpo e na consciência… Muitas pessoas não conseguem resistir aos doces. Por que? Porque se tornaram viciadas! Várias pesquisas constataram que esta compulsão pode ser considerada tão séria e tão forte quanto o vício em álcool e drogas. A compulsão surge porque após ingerir um doce, o cérebro libera dopamina e endorfinas no cérebro, que são substâncias químicas naturais que dão a sensação de imenso prazer. Ao reconhecer esta sensação boa, o cérebro começa a pedir mais e mais dessas substâncias e, consequentemente, açúcar. Esse mecanismo é o mesmo que as áreas ativadas pelo vício em drogas.
Algumas dicas para controlar a compulsão por doces
– Ter um café da manhã equilibrado com proteínas, carboidratos e gordura. Um estudo (veja referência 2, abaixo) descobriu que o café da manhã aumenta substâncias químicas envolvidas na regulação de ingestão de alimentos.
– Evitar alimentos industrializados que contenham açúcar e farinha refinada; ingerir alimentos que contenham proteínas e  fibras, como grãos integrais e verduras, que causam mais saciedade e diminuem a compulsão por doces;
– Beber mais água, porque o cérebro confunde desidratação com fome;
– Descarte a sobremesa por três semanas para readaptar o paladar e diminuir a compulsão;
–  Pode ser útil a suplementação de alguns nutrientes, como glutamina e vit A e C, que diminuem o vício por doces.
O excesso ou compulsão por doces seguramente não é saudável. Ao ingerir doces, o açúcar entra no sangue, elevando os níveis de glicose e estimulando o pâncreas a produzir e liberar insulina, que converte a glicose em energia e em estoques de gordura. Mas além de obesidade, os doces também são ligados a outras doenças sérias, como diabetes, depressão do sistema imunológico,  alterações de humor, cáries e vários outros. É preciso força de vontade e consciência dos malefícios do açúcar para controlar o exagero pelo doce.

Local: Cafeteria na Galeria Lafayete, Paris

Referências:
1. Evidence for sugar addiction: Behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2235907/
2. Eating Breakfast Increases Brain Chemical Involved in Regulating Food Intake and Cravings, MU Researchers Find
http://munews.missouri.edu/news-releases/2014/1015-eating-breakfast-increases-brain-chemical-involved-in-regulating-food-intake-and-cravings-mu-researchers-find/