Que atire a primeira palavra quem nunca se olhou no espelho e se achou gordo, feio, enrugado, narigudo, beiçudo, etc, etc. Por que temos esse senso crítico sobre nós? Dentre uma série de fatores, como os culturais, genéticos ou psíquicos, nós possuímos no cérebro um detector de autoconhecimento dos estados externos e internos do corpo, como a auto percepção de como somos externamente, bem como o frio, coceira dor, fome, etc. Essa região no cérebro se chama ínsula e quem envia essas informações sobre tudo isso a ela são os receptores sensoriais externos (no corpo) e internos (nas vísceras). Um estudo recente descobriu que, nas pessoas que se vêm com muitos defeitos imaginários, existe uma alteração nos receptores internos ou externos que levam essas informações à insula. Por ex., em pessoas com o distúrbio, olhar para a própria barriga pode gerar uma percepção alterada de como está exatamente a barriga daquela pessoa. Essa auto-percepção equivocada informa o cérebro de que aquela pessoa deve parar de comer, ou regurgitar a comida, etc, como acontece nos casos de anorexia, bulimia, entre outros distúrbios alimentares ou dismórficos corporais.
É bom e importante avaliarmos a nós mesmos criticamente, seja física ou mentalmente. Mas é preciso ter equilíbrio e coerência para saber o que realmente está se achando de si.
Ser feio ou se sentir feio? A resposta a esta questão está nos olhos e no cérebro de quem vê e sente…
Referências
- http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/algo_errado_no_corpo.html
- http://revistadonna.clicrbs.com.br/noticia/pesquisa-tenta-desvendar-a-dismorfia-corporal-a-aversao-a-aparencia/