Perdão: a Grandeza de uma Atitude

temp301A semana passada fui convidada para dar uma palestra em um congresso de Neurociências. Nestes casos, busco suporte para as coisas que vou falar, então recorro primeiramente ao meu “Baú da Ciência”, termo que uso para uma grande caixa onde guardo papers científicos, cadernos, blocos de anotações, vídeos, etc desde o início de minha carreira, que foi há mais de 20 anos.

Para minha agradável surpresa, encontrei uma pequena anotação – muito reflexiva e profunda – em um papel já velho e amarelado de uma palestra que assisti em 1995 de um neuropsiquiatra na Universidade da California de Los Angeles, EUA, chamada: Neural Correlates of Forgiveness (Correlatos Neurais do Perdão). Na anotação feita por mim, constava essa frase do palestrante:“O perdão enfrenta uma mancha obscura em nossa vida que se chama orgulho. Para que o perdão transpareça, o orgulho precisa ser abafado. O perdão não muda o passado, mas melhora o futuro. O elixir para a saúde cognitiva e emocional é o sentimento do perdão. Ele suavisa o espírito, trás serenidade nas emoções e clareza no pensamento. Perdoar é lembrar sem rancor. É preciso perdoar, porque nenhum de nós é perfeito. Alguém tem queixa de mim, eu tenho queixa de alguém”.

O palestrante conduziu a palestra no sentido de mostrar que o perdão é um processo emocional e cognitivo que erradica a hostilidade, a ruminação e os efeitos adversos na saúde. O afeto negativo e estresse emocional crônico estimulam a produção de hormônios relacionados ao estresse, como o cortisol, que é um “veneno” para o corpo, principalmente para o coração, pois altera a reatividade cardiovascular, diminuem a qualidade do sono, promovem queda de cabelo, e está associado também com o desenvolvimento de condições clínicas como a depressão. Por outro lado, o perdão gera vários benefícios como bem estar, paz interior, saúde cardiovascular e até aumenta a longevidade, de acordo com estudos recentes (ref 2).
A parte do cérebro associada em resolver a raiva, é a mesma que envolve a empatia e a regulação das emoções. Pesquisas mostram que existe um fundamento neural para a idéia de que resolver conflitos é bom para o cérebro e resulta em estados emocionais positivos (ref 1).
É importante diferenciar “perdão” de “reconciliação”. Você pode perdoar alguém que o (a) feriu, mas não precisa reparar e recomeçar a relação com aquela pessoa. Pode ser até mais benéfico perdoar o ofensor e simultaneamente encerrar a relação, mas sem jamais perder o respeito e a gentileza por ele, um tratamento convencional social esperado por qualquer pessoa educada.
Hoje, através de modernos estudos com imagens cerebrais, já se pode hipotetizar que o perdão é capaz de inibir regiões do cérebro responsáveis por gerar reações agressivas ou de ressentimentos em resposta a ofensas pessoais. Este processo recruta áreas do cortex pré-frontal, conhecidas por modular o comportamento agressivo (ref 1).
Que bom saber que nosso cérebro é equipado com a neuroqímica da paz. Felizmente, a todo momento, nós, pessoas pacíficas, a usamos. Mas o grande desafio e sabedoria é saber usá-la nos momentos críticos. Ao contrário do que pensam os orgulhosos e rancorosos, o perdão não é uma fraqueza ou uma reconciliação não pretendida, mas um ato de grandeza para si mesmo e para o próximo que somente pessoas fortes e suficientemente amadurecidas estão aptas a praticar.
Referências:
1. How the brain heals emotional wounds: the functional neuroanatomy of forgiveness
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3856773/
2. How Does the Brain Process Forgiveness?
http://spiritualityhealth.com/articles/how-does-brain-process-forgiveness

 

Um restaurante que mais parece um palácio, em uma…estação de trem!!

005fLe Train Bleu é um dos mais belos restaurantes da Europa, e está localizado em Paris, na famosa estação conhecida como Gare de Lyon.
Como é que um restaurante tão suntuoso poderia estar em uma estação de trem?
Para entender, transporte-se para a Paris do final de 1800 até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. Este foi um período com forte expressão intelectual e artística, a era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. Novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência: os cabarés, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. Foi uma época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.
Essa época incentivou também o desenvolvimento dos meios de transporte, que aproximou ainda mais as principais cidades do planeta. Em 1886 começou a operar o Le Train Bleu, um luxuoso trem expresso noturno (assim chamado por ter as alas dos vagões de dormir de cor azul), que ganhou fama internacional por ser o preferido de aristocratas europeus; alguns deles faziam a linha para a Riviera francesa para passar as férias.
Sendo assim, construir um restaurante grandioso numa estação de trem não era assim tão fora de propósito.

 

Coluna: Café comCiência As boas – e as más – memórias de um café

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Sabemos como o café da manhã ou um simples cafezinho dão a sensação de prazer e bem estar para a maioria das pessoas.
Isso ocorre não somente pelo sabor desta bebida e dos alimentos relacionados. O café está associado aos bons momentos, especialmente os sociais, então ativa nossas memórias positivas, consciente ou inconscientemente. Ativa também um sistema cerebral chamado sistema de recompensa, que nos dá a sensação de prazer e bem estar. Para muitos, o simples aroma do café é o suficiente para causar ânimo, alegria e disposição. Para mim, o café me lembra os maravilhosos ou aconchegantes restaurantes de hotéis ou cafeterias em que estive pelo mundo, mas principalmente, me lembra os cafés das manhãs na roça, com minha família.
Assim como as experiências positivas passadas nos causam prazer e bem estar quando revivemos um momento similar a elas, as experiências negativas causam estresse, ansiedade, tristeza ou mesmo aversão. Provavelmente, alguém que tenha experimentado uma situação negativa ao tomar café, por ex., que tenha tomado café no velório de um parente querido, ou que um chefe ou colega tenham lhe agredido, poderá fazer essa pessoa ter aversão ao pobre do café que não tem nada a ver com isso… E aversão também por aquela pessoa, que provavelmente é uma boa pessoa, apenas foi mail educada ou intolerante naquele momento. Na verdade, foi a “situação” que envolvia o café, que foi representada negativamente no cérebro do indivíduo. Desta forma, alimentos, pessoas, cães, locais de acidentes, ou qualquer outro objeto que tenha estado presente em alguma experiência negativa, passará a ser encarado de forma negativa pelo sujeito. Em casos mais graves essas pessoas chegam a modificar o seu comportamento, comprometendo a vida social, afetiva e cognitiva. O comportamento se modificou porque a sua estrutural cerebral modificou. Nestes casos, é extremamente importante que a pessoa reconheça que existe um problema consigo mesma. Infelizmente, a maioria continua culpando o colega, a barata, o cão, etc., e não admite que o problema está dentro dela mesma… E continua sentindo medo, ansiedade, tristeza, mágoa, raiva. E esses sentimentos e emoções não são nada nada bons para o indivíduo, para a sua saúde e para o seu desempenho no cotidiano. Para isso, existem alguns tratamentos psicológicos muito efetivos, especialmente a Terapia Cognitiva Comportamental, que ajuda bastante a ressignificar as más experiências. Para os que têm dificuldade de encontrar bons profissionais nessa área em sua cidade, e forem auto didatas, podem começar a estudar essa terapia em livros e sites, e procurar aplicar aqueles conhecimentos em seu problema.
Uma estratégia do tratamento é procurar se reaproximar do estímulo aversivo e criar novas situações com ele.
Vale a pena tomarmos a iniciativa de rearranjar nosso cérebro e devolver-lhe ao seu delicado equilíbrio. Assim, um cafezinho ou um colega serão apenas um cafezinho ou um colega, em toda a sua essência, a espera de criar novas – e positivas – circunstâncias.

Livro: A Mente Vencendo o Humor

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Do título original: Mind Over Humor (A Razão Dominando a Emoção).
Autores: Dennis Greenberger e Christine A. Padesky

Este é um manual que mostra como a Terapia Cognitiva – uma forma de psicoterapia – pode melhorar a vida da pessoa. Mudando a forma como você se sente, você é capaz de mudar a forma como pensa, Folhas de exercícios tipo ‘passo a passo’ buscam ensinar habilidades específicas a fim de ajudar pessoas a vencer problemas de relacionamento, raiva, culpa, vergonha, baixa auto-estima, bem como os distúrbios mentais como a depressão, ataques de pânico, ansiedade, transtornos alimentares, abuso de substâncias e outros.

O cérebro humano se molda de acordo com os sentimentos de cada um sobre as situações da vida. Situações que podem ser inatingíveis e insignificantes para uns, por exemplo, ter medo de barata ou ser humilhado por alguém, podem ser extremamente perturbadoras para outros. Então, dependendo dos sentimentos, a pessoa terá uma configuração de seus pensamentos e expressará isso em seus comportamentos e atitudes. É claro que é muito melhor ter sentimentos positivos pelas coisas. Felizmente, a estrutura cerebral humana é flexível, sendo capaz de remodelar positivamente aquela circuitaria negativa que foi formada sobre determinada situação. Para tanto, é necessário aprender a mudar os sentimentos para poder dar um novo significado àquela configuração neural. Por isso, depende de cada um decidir como quer se sentir e se comportar diante das pessoas e das situações da vida, mesmo nas (subjetivamente) mais delicadas. Do título original: Mind Over Humor (A Razão Dominando a Emoção).

Local: Livraria do Museu D’Orsay, Paris.

Coluna Café comCiência: Qual é a melhor forma de preparar o café?

008aA forma como o café é preparado faz diferença na saúde. O preparo varia conforme a tradição de cada país ou mesmo em diferentes regiões do Brasil. As formas de preparo mais comuns são: café fervido (sem filtração do pó), filtrado (com filtro de papel), café à brasileira (filtro de pano ), café expresso e café instantâneo ou solúvel (por ex., o Nescafé).
Quando se fala em componente do café, pensa-se simplesmente na caféina. Mas o grão do café tem centenas de outros componentes, cada um interagindo em diferentes sistemas do organismo humano produzindo efeitos benéficos ou mesmo maléficos (talvez por isso haja tanta controvérsia na mídia sobre os efeitos do café na saúde).
Alguns dos componentes adicionais do café são o cafestol e o caveol, substâncias vegetais oleosas, que elevam os níveis de LDL, o colesterol ruim no sangue.
A água quente utilizada para o preparo remove dos grãos algumas dessas substâncias gordurosas. Os filtros de papel ajudam a reter o restante dessas substâncias, mas o coador de pano não. O café fervido sem o filtro de pó, como o café turco, café escandinavo e café francês, também não removem o cafestol e caveol, então são muito mais altos os teores dessas substâncias neste preparo. O café expresso está no meio termo. Então, para as pessoas que têm ou querem prevenir altos níveis de colesterol no sangue, é melhor preparar o café com filtro de pó.

Local: Restaurante do Hotel Bedford, Bruxelas, Bélgica.
Referência:
Cafestol, the Cholesterol-Raising Factor in Boiled Coffee, Suppresses Bile Acid Synthesis by Downregulation of Cholesterol 7α-Hydroxylase and Sterol 27-Hydroxylase in Rat Hepatocytes
http://atvb.ahajournals.org/content/17/11/3064.full

O Retrato de Madame Récamier

O Retrato de Madame Récamier, uma obra do famoso artista Jacques-Louis David criada em 1800, retrata a socialite parisiense Juliette Récarnier reclinada sobre um divã da época, com um vestido estilo imperial com uma pequena cauda caindo sobre o chão.
René Magritte (1898-1967), um dos mais famosos pintores surrealistas de sua época, reproduziu essa importante obra em 1949. Com seu espírito travesso e irreverente, parodiou essa pintura reproduzindo-a como era, exceto por substituir a mulher por… um caixão! E para tornar ainda mais impossível, um caixão reclinado…Como único traço da mulher, deixou a cauda de seu vestido branco que se estende sobre o chão.
Coisas de uma mente surrealista, que “desliga” o racionalismo, deixando o inconsciente flutuar livremente para liberar uma atividade criativa cheia de sonhos e magia.imageservermadame_recamier  museu1b

Pequeno Guia para Pessoas Inteligentes Que Não Estão Dando Certo / Autor: Béatrice Millêtre

001a-w1200-h1200Este livro poderá trazer um melhor entendimento do porquê aquela pessoa que se acha capaz e inteligente, não consegue ter um bom rendimento e se adaptar bem no mundo social, educacional e profissional.
Há pessoas que têm um pensamento global, e não sequencial ou detalhista. Essas pessoas têm dificuldade de seguir hierarquias, bem como veem tudo numa visão mais ampla. Com isso elas são ao mesmo tempo muito inteligentes para coisas complexas e possuem muita dificuldade para coisas simples, que costumam desprezar por não gerarem desafio. Essas pessoas sofrem com problemas de comunicação no trabalho, parecem arrogantes e se sentem solitárias, mesmo cercadas de amigos. Fazem facilmente o que é difícil para os outros e penam com o que, para os outros, é banal. Têm idéias geniais, que raramente realizam. São grandes procrastinadoras, acham que podem fazer tudo, mas adiam, adiam e acabam não fazendo nada. Essas pessoas chegam no consultório da autora, Dra Beatrice temendo serem vítimas de desordens mentais, mas descobrem que apenas pensam de um modo peculiar e muito eficaz. Sim, porque elas são muito inteligentes, criativas, têm muita intuição, podem fazer várias coisas ao mesmo tempo, raciocinam mais depressa e muitas vezes até melhor do que as outras pessoas. Portanto, são pessoas com grande potencial. O livro explica como funciona essas pessoas, o que não anda bem com elas, e sobretudo, o que precisa ser feito para liberar esse potencial. O livro foi um grande sucesso na França, e motivou a criação espontânea de grupos e blogs de leitores que começaram a viver melhor depois de se surpreenderem com cada página que os levava a descoberta de si mesmos.
Se nos conhecermos, podemos mudar!

Em Busca de Sentido

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Hoje peguei o livro na estante “Em busca de Sentido” do médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl, nascido em Viena, em 1905. O livro trás à tona o existencialismo, descrito por meio da própria existência do autor, terrivelmente sofrida. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino. O existencialista muitas vezes passa por uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.
Frankl viu sua vida ser destituída de significado quando foi preso em 1942, nos campos de concentração na era nazista da Segunda Guerra Mundial. Foi levado para Auschwitz juntamente com seus pais e sua esposa que estava grávida, mas ela foi forçada pelos nazistas a abortar antes de serem transportados. Os pais morreram de exaustão, a esposa foi para a câmara de gás, e ele sobreviveu naquele ambiente passando fome, humilhação, degradação da saúde, medo e profunda raiva das injustiças.
Mas ele percebe que apesar de todo o sofrimento, há algo intocável e inalcançável pelo ambiente e pelos outros: as profundezas de seu eu. Lá é possível encontrar um significado na existência, apesar da dor. É possível sonhar, ter esperança, visualizar seu destino positivamente,ter humor, e mesmo externalizar essas belezas da alma, como fez, como apreciar a beleza das árvores e do por do sol, criar teatros improvisados no campo de concentração com seu grupo, e roubar papéis do escritório dos nazistas para escrever poemas, escrever seu livro e seu método psicoterapêutico, (a logoterapia, cuja palavra logo em grego significa sentido).
Frankl e todas as pessoas que tem um desejo ardente de viver, apesar de seu sofrimento e todas as suas indignidades, são as que possuem a maior capacidade de sobrevivência e felicidade, pois são mestres dos seus atos e dos seus destinos, e possuem um sentido que justifiquem suas vidas.

Café comCiência: Porque é importante aproveitar melhor nossas manhãs.

Acordar bem cedo, tomar um café da manhã equilibrado com proteínas, carboidratos e gordura, fazer exercícios, aproveitar para relacionar-se com o ente querido (pode ser o seu cachorro rsrs), pensar no que fez de bom ontem e fará de bom hoje. Esse é um ritual matinal energizante que dará disposição, força de vontade, facilidade para resolver problemas, planejar melhor as coisas, ter novas idéias e ter autocontrole para o resto do dia.
Mas porque logo no início do período da manhã? Porque depois de uma noite bem dormida, os ciclos completos do sono terminam por volta das 6:00 da manhã (para quem dorme bem a noite, é claro). Quem acorda mais cedo consegue aproveitar todos os picos de aprendizado. O cérebro, que trabalhou a noite toda sonhando, se preparando para consolidar novas memórias e formar conexões de aprendizado, começa a liberar uma quantidade maior de hormônios estimuladores dos neurônios e atinge o pico máximo dessa atividade duas horas após o despertar – e permanece assim por mais quatro horas. Curiosamente, há também o período de rever todo o aprendizado do dia e esse é bem mais tarde: ocorre doze horas após o despertar, quando o cérebro começa a ter uma produção acelerada de um tipo de proteína cuja concentração estimula as conexões entre os neurônios. Esse momento de “replay”, como chama Ivan Izquierdo, neurocientista-chefe do grupo que descobriu isso, é o melhor período para rever toda a experiência do dia. Por isso, pode ser menos efetivo rever projetos ou estudos em período diferente desse.
Essa informação poderá fazer os notívagos pensarem que estão em desvantagem em relação aos matutinos quanto à qualidade de seu sono e ao melhor aproveitamento das deliciosas manhãs. De fato, e não somente isso, mas também em desvantagem em seus níveis hormonais e tipos diferentes de hormônios atuando (por exemplo a ativação do cortisol, que é o hormônio do estresse, em vez da acetilcolina, que é o hormônio que fixa as memórias), e também a forma como as memórias são consolidadas e o quanto afetará a aprendizagem dessa pessoa e a forma como ela sente e pensa. E ainda, alterações físicas como pele sem viço, olheiras, obesidade, etc.
Nosso corpo está biologicamente programado para o repouso no período noturno e alta atividade no período diurno. Inverter isso, é ir na contra-mão de como a Natureza nos moldou e como ela exige que atuemos nela para levarmos uma vida melhor e mais produtiva.

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Lady Gaga e Afrodite

Este mês Lady Gaga apareceu com seus peculiares e muitas vezes controversos trajes. Dessa vez estava semi-nua, com conchas cobrindo os seios.
Acho muito legal que artistas usem trajes diferentes e até escandalosos, especialmente este de Gaga, porque há também uma história por trás. Ela chegou com essa roupa, não no show, mas já no aeroporto de Atenas! Para os que conhecem a história, ela estava vestida de Vênus (ou Afrodite), a deusa da beleza, do amor e do erotismo.
Na mitologia grega, Afrodite emergiu do mar, sobre uma concha marinha, que de certa forma era uma espécie de um trono. A clássica pintura renascentista ‘Nascimento da Vênus’ (à esquerda), foi criada por Sandro Botticelli em 1486. A pintura original está na Galeria Uffizi de Florença06